BR - 174 Condições Gerais

MANAUS – A distância entre a capital amazonense e Boa Vista é de 758 quilômetros. O trajeto deveria ser percorrido em cerca de 10 horas, se toda a BR-174 estivesse lisa. Mas quem hoje faz essa viagem demora quase 20 horas até chegar à capital de Roraima. É a dura realidade enfrentada por caminhoneiros e passageiros rodoviários.

Ainda dentro do Amazonas, é possível flagrar motoristas em manobras perigosas. Os motivos são, entre outros, os obstáculos encontrados na BR-174. Em alguns trechos apenas um lado da rodovia está aberta e é preciso esperar um veículo passar para o outro poder trafegar com segurança.

Na altura da Reserva Indígena Waimiri Atroari, os carros particulares podem passar somente entre as 6h e 18h. É a partir desse ponto, aumenta o sofrimento de quem está ao volante. “Eles não estão jogando nenhum barro para tapar esses buracos. Aí não tem jeito, tem que andar devagar”, comenta o caminhoneiro Ueliomar Santos.

Segundo a Polícia Rodoviária Federal, nos primeiros seis meses desse ano, foram 234 acidentes na BR-174.

De acordo com motoristas, o pior trecho da BR-174 está no estado de Roraima. “Andamos a 10 km/h. Não dá para passar mais disso”, declara um condutor. À noite, os motoristas fazem zig-zag para desviar dos buracos. A visibilidade piora com um temporal na madrugada. “A viagem é estressante, cansativa. Tem muito buraco”, aponta uma passageira.

O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) informou que quatro empresas foram contratadas para recuperar o pior trecho da rodovia, entre a comunidade Jundiá e o município de Caracaraí, em Roraima. Também segundo o DNIT, as obras ainda não começaram por causa das fortes chuvas desta época. No Amazonas, uma empresa está recuperando dois trechos com problemas.

Veja o Video.: